No período de férias escolares, visitantes e moradores de São Luís costumam ir à praia para tomar banho de mar e se refrescar. Com maior fluxo de banhistas e frequentadores, aumentam os acidentes, e é necessário tomar cuidado para não transformar a diversão em tragédia. De janeiro a novembro do ano passado, foram registrados 175 casos de queimaduras por caravela ou água-viva, três mortes por afogamento e 15 casos de crianças perdidas nas praias de São Marcos, Calhau e Araçagi, localizadas na Ilha de São Luís, segundo estatísticas do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar). Salva-vidas ensinam cuidados que podem ser tomados para evitar acontecimentos graves ou situações negativas.
Nesta época do ano, os pais aproveitam a folga dos filhos na escola e os levam para passear na orla. Com a maior movimentação, aumenta o número de crianças perdidas nas praias.
Segundo dados do GBMar, dos 15 casos de crianças perdidas registrados nos 11 primeiros meses do ano passado nas praias de São Marcos, Calhau e Araçagi, quatro ocorreram em janeiro, mês que contabilizou o maior número de ocorrências do tipo.
Para evitar que as crianças passem por essa situação de risco, a tenente do GBMar Priscila Chahini orienta os pais a nunca deixar os filhos sem supervisão. Também é recomendado não os deixar tomar banho de mar sozinhos. "Não se pode confiar na capacidade de nado das crianças. O mar é perigoso, as ondas são fortes", avisou. Caso um banhista encontre uma criança perdida dos pais, ele deve levá-la imediatamente até um posto salva-vidas para que os bombeiros localizem os responsáveis. Se o pai notar que perdeu seu filho, ele também deve procurar os bombeiros.
Afogamentos - Os casos de afogamento costumam ser mais graves. De janeiro a novembro do ano passado, o GBMar registrou, além dos três afogamentos que resultaram em morte, 49 salvamentos aquáticos.
A maioria das ocorrências, de acordo com Priscila Chahini, está ligada à ingestão de bebida alcoólica antes de tomar banho de mar. Para evitar esses incidentes, a tenente recomenda, além de evitar mergulhar em estado de embriaguez, que os frequentadores tomem banho em área próxima a um posto de observação salva-vidas e não confiem em material flutuante como boias e pranchas de surfe.
Caravelas - A presença de caravelas nas praias também representa ameaça a banhistas. Segundo o relatório do GBMar, foram registrados 175 atendimentos de janeiro a novembro de 2011. A quantidade de caravelas na orla marítima no período de agosto a janeiro é grande, por causa dos ventos fortes que levam os animais até a costa e das marés que permanecem altas. Por causa da presença dos animais na área de banho, aumentam os casos de queimaduras pelos organismos marinhos, que estão na época de reprodução.
A queimadura ocorre quando a pessoa encosta na água-viva ou caravela, que libera uma substância tóxica e urticante. A reação ao contato com o animal depende do organismo de cada pessoa. Os casos mais graves ocorrem se a pessoa for alérgica. Nesta situação, pode ocorrer choque anafilático - uma reação alérgica mais intensa, com trancamento da glote e taquicardia, o que pode levar à morte.
A falta de conscientização e disciplina por parte dos banhistas contribui para o aumento de registros na orla marítima.
Os mais atingidos são mulheres e crianças. Priscila Chahini recomenda que as famílias levem vinagre à praia para aplicar na queimadura a fim de aliviar a dor. O atingido deve seguir para um posto de saúde imediatamente. "Só o médico saberá que anti-inflamatórios e antialérgicos podem ser utilizados", explicou a tenente.
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