Acesso descontrolado à tecnologia pode criar problemas de saúde
A globalização e a disseminação das informações contribuíram para o desenvolvimento da comunicação, além de impulsionarem a fabricação de produtos eletrônicos que, consequentemente, se ajustam a esta demanda. No entanto, o que normalmente é utilizado para facilitar o contato com pessoas de diferentes lugares, para aprender um novo idioma e ampliar o conhecimento, pode se tornar prejudicial à saúde e desencadear diversas doenças, sobretudo nas crianças.De acordo com a pediatra Gracie Ribeiro, a relação do público infantil com as tecnologias é necessária, mas é preciso que as crianças sejam orientadas para usufruir o seu tempo no computador, tablet, videogame e diversos outros aparelhos, de forma saudável e educativa. “Há mais benefícios que malefícios, devido ao acesso à informação, a possibilidade de sociabilizar e a facilidade ao conhecimento, já que tudo está na rede, e as crianças podem usufruir disso”, revela.No entanto, a médica alerta para que os pais tenham cuidado com o tempo que as crianças passam em frente a esses produtos, pois o descontrole pode criar o vício e, a partir disso, causar problemas como distúrbios de comportamento, dores de cabeça e até mesmo crises convulsivas. “Esse contato pode ajudar na atividade cerebral, mas o uso excessivo dos aparelhos eletrônicos gera desequilíbrio e prejudica a saúde da criança”, afirma Gracie Ribeiro.Tendo em vista a relação do usuário com a internet, uma pesquisa da Norton Cybercrime Report, divulgada no último ano, revelou que o brasileiro passa mais de 30 horas semanais na internet, uma média superior a mundial, que é de 24 horas. Devido a estes e outros aspectos, a pediatra alerta que esse tempo excessivo gasto na internet pode fazer com que a criança perca o contato interpessoal e se isole da família, dos amigos e da sociedade.A médica ressalta que a culpa não é das crianças, portanto, é preciso que os pais tenham consciência do seu papel e aprendam a dosar o acesso. “O problema é que os pais não têm domínio nem controle do tempo das crianças e, quando há alguma alteração na saúde, eles sofrem as consequências juntos”, afirma.O tempo idealDe acordo com a pediatra Gracie Ribeiro, as crianças não devem ficar mais de duas horas por dia na internet, sendo este horário dividido por um intervalo de, no mínimo, uma hora. O período deve ser respeitado rigorosamente para que elas não desenvolvam problemas, e o uso deve ter qualidade, com acesso a materiais que acrescentem conhecimento.Além disso, os adultos também precisam respeitar o tempo, que varia de quatro a seis horas por dia, com intervalos de uma hora. Mas, nem todas as profissões permitem que esse período seja seguido corretamente, por isso, a médica orienta para que as pessoas sigam, pelo menos, o tempo de descanso recomendado, ou seja, fazer pausas a casa uma hora utilizada em frente ao computador.
fonte: imirante.com
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