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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caravelas invadem praias. Cuidados devem ser redobrados com as crianças

Quem tem planos de tomar aquele banho de mar até o fim do ano deve pensar duas vezes para não entrar numa fria. Isso porque neste período os cnidários Physalia physalis, popularmente conhecidos como caravelas ou águas-vivas, começam a aparecer na orça marítima de São Luís. Segundo informações do Grupamento de Bombeiros Marítimos da Praia da Litorânea, somente nos três primeiros fins de semana do mês de agosto, foram registrados mais de 45 casos de queimaduras causadas pelo animal nesta praia. Os acidentes são comuns no período compreendido entre os meses de setembro e dezembro, por causa da reprodução da espécie e dos ventos alísios na região.
As praias da Litorânea e Olho d'água são as que possuem maiores índices de ocorrências de acidentes envolvendo as caravelas, segundo informa Dionaldo Filho, chefe de posto da guarda municipal da praia da Ponta areia, uma das que registra menos acidentes. isto ocorre porque esta praia é mais recuada que as outras. Também os ventos vem no sentido Araçagi-Ponta d'areia, fazendo com que as águas vivas cheguem primeiro no Olho gua e Litorânea, para depois chegar, em mínima quantidade, na Ponta d'areia, explica ele.
O chefe da guarda municipal diz que as principais vítimas são as crianças, que são mais frágeis para resistir às dores causadas pela queimadura e também porque elas costumam tocar nas caravelas ao avistarem-nas no mar ou areia, uma vez que elas têm aparência de balões flutuantes de coloração azulada. 
Nós pedimos aos pais que redobrem os cuidados com as crianças porque, pela aparência e tonalidade das caravelas, elas querem tocá-los. Nesse contato, os cnidários se defendem e envolvem a mão com os tentáculos, momento em que acontece a queimadura. Elas atacam como forma de defesa, quando se sentem ameaçadas pela presença de humanos. Também, quando a águas vivas estão mortas na areia, também é perigoso, porque mesmo assim as glândulas que produzem o vendo ainda estão funcionando, podendo causar lesões a que lhes toquem , explicou o chefe do posto, orienta Dionaldo Filho.
Percorrendo a praia da Litorânea foram encontrados vários animais do tipo mortos na areia. A turista Tânia Correa, natural de Salvador, Bahia, estava impressionada vendo uma das caravelas no chão. Elas são tão bonitas, porém muito perigosas. Nem chego perto delas. Há 20 anos atrás fui vítima de uma e nunca mais esqueci a dor insuportável que a agente sente. É horrível, relata ela, falando dos sintomas provocados pela queimadura ocasionada por uma água viva, que segundo o chefe da guarda municipal da ponta areia, duram mais ou menos uma hora.

Orientação
Os efeitos das queimaduras causadas pelo contato com as caravelas são variados. É possível obter lesões de 1º, 2º e 3º graus, além de parada respiratória, queda de pressão, calafrios e dores articulares.
Segundo Dionaldo, a única maneira de evitar o contato com as caravelas é redobrar a atenção, principalmente no banho de mar das crianças. Se a queimadura acontecer, nunca lave o local com água doce, pois isso ativa as substâncias venenosas. Use vinagre na área atingida, o qual funciona como desinfetante e uma pomada analgésica. Pode lavar a lesão com água do mar ou soro fisiológico, ensina ele, dizendo que mesmo com o medicamento analgésico, infelizmente, a dor continua, tendo a pessoa que espera-la passar.
Depois, com pele ainda molhada, é recomendável que se jogue um pouco de areia seca no local da queimadura, mas sem esfregar. Deixe por alguns minutos. Retire devagar a camada sobre a queimadura e procure orientação médica. Além destes cuidados, pode-se aplicar compressas geladas ou mesmo, cremes corticóides sobre a queimadura aconselha o chefe da guarda municipal da Ponta d'areia.

Palavra do especialista
Este período que vai de setembro a dezembro, ocorre o fenômeno que se conhece por ventos alísios, aqueles que são direcionados do mar para o continente. As águas vivas vivem na superfície do alto mar, onde a profundidade das águas é grande, logo fica bem longe da costa marítima. Nesta época, as águas vivas estão em épocas de reprodução e ficam em grande quantidade espalhadas pelos mares ludovicenses. 
Então, todos esses fatores, cooperam para que elas venham parar nas áreas mais próximas do continente, pois os ventos as traz para mais perto, uma vez que a bolha que compõe o corpo dela, funciona como uma vela, podendo este animal ser levado a qualquer lugar conforme a direção e força do vento. 
Neste período do ano, os ventos alísios trazem elas para a costa, devendo os banhistas terem mais cuidado, principalmente com as que estão mortas na areia, porque mesmo sem vidas, as células produtoras do veneno ainda estão ativas e podem causar queimadura a quem toque no animal. Maurício Mendonça, professor do departamento do curso de Ciências Biológicas da UFMA e do projeto Orla Viva.

1 Comentários:

Anônimo disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa vou correr

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