O sol ainda ardia na pele quando uma multidão aguardava a imagem de São Pedro. Dona Maria, 68 anos, veio cumprir a tradição pessoal. Gente, de todas as partes do Brasil, atraída pela devoção.
A imagem tão aguardada chegou carregada pelo Corpo de Bombeiros debaixo de chuva. Parecia que São Pedro queria mostrar seu poder sobre a água.
A procissão ganha a baía de São Marcos, cumprindo uma tradição secular. Centenas de devotos seguem em romaria. São cinco quilômetros de cortejo pelas águas homenageando o protetor dos pescadores.
Depois de quase duas horas a imagem de São Pedro se despede do mar e segue, mesmo debaixo de chuva, reverenciada por fiéis pelo cortejo terrestre. Na chegada, aplausos.
A procissão ganha as ruas de São Luís. Os fogos pedem passagem. Gente de todas as idades cantando para São Pedro.
No cortejo, filhos que vieram em busca de milagres para os pais. Pais que vieram pedir pelos filhos. Na caminhada, a dor desaparece diante da fé. O cansaço e o peso do andor deixam de ser sacrifício. Vira honra.
A procissão termina no largo de São Pedro. Ali, religião se mistura ao folclore. Outras centenas de devotos já aguardavam a imagem pelas escadarias da capela que leva o nome do santo. A multidão reunida continuou celebrando o dia 29 com uma missa campal presidida pelo padre Orlando Ramos.
Assista à reportagem de Tayse Feques e Luciano Melo da TV Mirante.
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